Azeredo escreve carta de renúncia e cai atirando no Supremo
O deputado federal mineiro Eduardo Azeredo (PSDB), réu no processo do chamado mensalão tucano, renunciou ao mandato nesta quarta-feira. Ele assinou uma carta renúncia, em Belo Horizonte. A carta de renúncia foi levada a Brasília por Renato Penido Azeredo, filho do político tucano, e entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Segundo a assessoria de Azeredo, o parlamentar diz na carta de renúncia que não concorda com as acusações do processo de crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Para o parlamentar, no Supremo Tribunal Federal (STF) não há julgamento, mas “apenas condenação”. Ex-presidente da República e líder tucano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não pensa assim.
Embora FHC venha evitando comentar sobre a punição de tucanos com eventual participação no mensalão tucano, ele manteve sua confiança no STF:
– Eu não li o processo, acho que processo vai ser julgado, eu acredito na isenção do STF.
Azeredo é réu no processo por seu suposto envolvimento no esquema de desvio de recursos públicos montado para abastecer sua campanha à reeleição para o governo de Minas Gerais em 1998. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o Supremo condene Azeredo a uma pena de 22 anos de prisão e pagamento de multa de R$ 451 mil por participação no esquema.
Questionado se o episódio pode ter algum impacto na campanha do provável candidato Aécio Neves à Presidência, FHC tangenciou.
– Eu não quero saber, eu não vou opinar sobre o que cada um faz. Se o STF achar que tem culpa é que tem culpa – disse.
No último dia 7, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a condenação de Azeredo por ele ter desviado recursos do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), extinto, e das estatais mineira, Copasa e Cemig, para sua campanha à reeleição. Em valores atuais, seriam cerca de R$ 9 milhões.
Aliados do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que é pré-candidato tucano à Presidência da República, faziam pressão nos bastidores para que o caso do mensalão tucano não atrapalhasse a campanha. Azeredo chegou a divulgar que faria um discurso em sua defesa na Câmara, mas alegou “motivos de saúde” e cancelou a intervenção.
CORREIO DO BRASIL
19/2/2014 12:10
Por Redação - de Belo Horizonte e São Paulo
Por Redação - de Belo Horizonte e São Paulo
O deputado federal mineiro Eduardo Azeredo (PSDB), réu no processo do chamado mensalão tucano, renunciou ao mandato nesta quarta-feira. Ele assinou uma carta renúncia, em Belo Horizonte. A carta de renúncia foi levada a Brasília por Renato Penido Azeredo, filho do político tucano, e entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Segundo a assessoria de Azeredo, o parlamentar diz na carta de renúncia que não concorda com as acusações do processo de crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Para o parlamentar, no Supremo Tribunal Federal (STF) não há julgamento, mas “apenas condenação”. Ex-presidente da República e líder tucano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não pensa assim.
Embora FHC venha evitando comentar sobre a punição de tucanos com eventual participação no mensalão tucano, ele manteve sua confiança no STF:
– Eu não li o processo, acho que processo vai ser julgado, eu acredito na isenção do STF.
Azeredo é réu no processo por seu suposto envolvimento no esquema de desvio de recursos públicos montado para abastecer sua campanha à reeleição para o governo de Minas Gerais em 1998. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o Supremo condene Azeredo a uma pena de 22 anos de prisão e pagamento de multa de R$ 451 mil por participação no esquema.
Questionado se o episódio pode ter algum impacto na campanha do provável candidato Aécio Neves à Presidência, FHC tangenciou.
– Eu não quero saber, eu não vou opinar sobre o que cada um faz. Se o STF achar que tem culpa é que tem culpa – disse.
No último dia 7, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a condenação de Azeredo por ele ter desviado recursos do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), extinto, e das estatais mineira, Copasa e Cemig, para sua campanha à reeleição. Em valores atuais, seriam cerca de R$ 9 milhões.
Aliados do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que é pré-candidato tucano à Presidência da República, faziam pressão nos bastidores para que o caso do mensalão tucano não atrapalhasse a campanha. Azeredo chegou a divulgar que faria um discurso em sua defesa na Câmara, mas alegou “motivos de saúde” e cancelou a intervenção.
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