sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ONGs querem que Dilma pressione Putin por direitos humanos

Grupos querem que presidente use 'prestígio' para questionar recentes episódios ligados a cerceamento de liberdade de expressão no país.

14 de dezembro de 2012 | 7h 51
 
 
Organizações de direitos humanos com representações na Rússia e no Brasil querem que a presidente Dilma Rousseff levante o tema de respeito a direitos humanos na Rússia durante o encontro que ela terá nesta sexta-feira com o presidente Vladimir Putin, em Moscou.

A presidente Dilma Rousseff realiza nesta sexta o segundo dia de sua visita oficial ao país.

Recentemente, a Rússia aprovou um projeto de lei que obriga as organizações que receberem contribuições financeiras de fontes internacionais a se registrar como ''agente estrangeiro'' no Ministério da Justiça.

A nova legislação também impõe novas e mais duras inspeções a essas ONGs e às suas formas de financiamento - e estas terão que exibir avisos em seus sites e material impresso especificando que elas são ''agentes estrangeiros''.

O termo tem uma conotação fortemente negativa na Rússia, quase equivalente a uma comparação com um espião ou um traidor.

Quem não respeitar a nova legislação pode ser condenado a penas de até dois anos de prisão ou ter de pagar multas equivalentes a 500 mil rublos (cerca de R$ 34 mil).

'Grande prestígio'

Para Rachel Denber, vice-diretora para Europa e Ásia Central da entidade Human Rights Watch, ''o Brasil busca a liderança em temas globais e a presidente Dilma Rousseff é uma visitante de grande prestígio''.

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